Monday, December 28, 2009
Paraíso Ilusório
Friday, December 18, 2009
Efeito você
[...]
Friday, November 20, 2009
Um oceano de Saudade
Sentado numa pedra em frente ao mar revolto, observo as ondas imensas que agridem as pequenas rochas do litoral. O vento corta meu rosto, bagunça meus cabelos e trilha novos caminhos para as minhas lágrimas. Não vejo ninguém por perto. Não vejo ninguém ao longe. Só quem me acompanha é o mar. Só quem me ouve é o mar. Só quem me responde é o mar. Aquele mar infinito que me afasta e me aproxima do meu passado com a mesma facilidade.
Não sei quantas horas se passaram. Não sei quantos dias eu perdi... Mas eu continuo sentado na mesma pedra, olhando para o mesmo mar que agride com a mesma força as mesmas pequenas rochas desse mesmo litoral, relembrando o tempo que passou voando. Estou mais calmo. Mas a saudade continua. Minhas poesias parecem estar mais nítidas. Mas a saudade continua. Minhas fotografias parecem mais coloridas. Mas a saudade continua. E não é saudade dos amores que ficaram pelo caminho, da comida que já foi digerida, do poema que não foi escrito, da fotografia que não foi tirada... Sinto saudade desse mar infinito que leva e traz as minhas memórias como se estivesse ninando um filho.
Saturday, June 20, 2009
Vivendo
Senti que você não queria conversar. Mas mesmo assim falei. Contei como foi o Tempo sem você. Contei como foi levantar sem te ver. Contei que vi filmes, visitei museus, passeei por caminhos vazios, encontrei desconhecidos – que permanecerem desconhecidos. Desconversei com pessoas inúteis, me entreguei pra sentimentos desnecessários, desvirginei paixões efêmeras, me encantei com situações perversas, questionei religiões diversas, tropecei em covas abertas, condenei inocentes, perdoei culpados, enganei meus princípios, mas aceitei as conseqüências.
Wednesday, June 10, 2009
Sonhando na chuva
Tuesday, March 31, 2009
O amor no tempo da crise
É amor, parece que a crise também afetou o nosso amor. Até nas palavras economizamos. Não falamos mais bom-dia nem boa-tarde e o boa-noite agora só é dito por falta do que dizer antes de dormir.
Perdemos o hábito de ganhar uns minutos a mais com os afagos diários – tão necessários. O café da manhã foi esquecido. O chá da tarde foi deixado de lado. A troca de olhares está menor e o toque está cada vez mais distante.
É amor, parece que a crise também afetou o nosso amor. Reduzimos os gastos, os gestos, os afagos, os apelos. Cortamos pela metade os elogios, as ofensas, os segredos, as conversas telefônicas, as carícias virtuais e não usamos mais códigos, só nossos, para dizer um pro outro o que só nós entendemos.
Ajustamos alguns valores. Questionamos o quanto custa ser feliz. Pagamos as últimas contas não-pagas. Apagamos as luzes. Fizemos pequenos cálculos e vimos que é impossível viver sem um grande amor.
Friday, March 27, 2009
Amostras
Quero preservar a perdição que é ter medo de te perder. É justamente ela que contém meus impulsos. Prende meus absurdos. Amarra minhas intenções e impede que minha loucura alcance o ponto de equilíbrio dos seus desequilíbrios. Às vezes me assusto, não por medo, mas por não entender e não saber como agir. Mas não posso deixar de me assustar, não posso perder esse medo. É ele que faz querer te entender e, por conseqüência, me entender.
Se não houvesse esse medo, não haveria você. Se não houvesse você, não haveria sentido. Se não houvesse sentido, porque eu sentiria medo?
Monday, March 23, 2009
A (re)volta da sua ida
Ontem, por exemplo, e por costume, vi os seus olhos marejados e chorei. Não chorei apenas porque via tristeza no seu olhar. Chorei porque a sua alegria teimava em querer escapar das suas mãos, da sua pele, dos seus cabelos, do seu corpo – como se você não tivesse o direito de ter, também, pequenas doses diárias de felicidade momentânea. É raro ver um sorriso compartilhar a mesma lágrima com o choro. Eles se entendem, mas é um entendimento que quem chora ou ri não entende.
Suas lágrimas são misturas. Misturam o tempo que passou com o tempo que não existe, misturam os dias que você dormiu com as noites que não acordou, misturam passeios, anseios, sonhos, paixões antigas, amores futuros, vômitos, melodias inconscientes, loucuras conscientes, tropeços, poemas e, tenho certeza, que elas guardam um pouco de mim. Sempre fui de alguma forma, causador dessa sua dor. Não entenda “dor” por mal, amor. A dor que me refiro é a dor necessária dos amantes. É aquela dor que quem ama sabe que não tem a pretensão de destruir. É aquela dor que quem ama sabe que não vem pra derrubar. É aquela dor que [...] você sabe, amor. Você sabe que eu quero me derreter e dividir as suas alegrias e as suas tristezas. Todas elas. Você sabe que hoje, eu vou dormir um pouco mais feliz, ou triste, porque, pelo visto, suas intermináveis idas terminaram.
Monday, January 26, 2009
Lágrimas alegres
Tuesday, January 13, 2009
Fato consumado por um amor consumido
Monday, January 05, 2009
A importância do que resta de nós
Eu me importo com seus dias, suas noites, e as madrugadas que eu sei que você não consegue dormir, e me faz acordar. E assim ficamos de acordo, acordados, observando a mudança de cor do dia, da noite; vendo esse alaranjado pintar o céu por inteiro com suas cores preferidas, melancólicas, com pitadas de esperança.
Amor. É um prazer acordar ao seu lado e saber que o resto do mundo, assim como o que resta de nós, não tem mais tanta importância já que a incapacidade de amar está imensamente associada ao desespero de perder um grande amor. E eu tenho certeza absoluta que nunca vou te perder, pelo menos não agora.