Wednesday, July 13, 2011

Brilhante Ausência

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Na penumbra de um amor ainda incompreendido tento entender a sua ausência. Logo você, que já esteve tantas vezes aqui e comeu da minha boca, e bebeu da minha poesia. Hoje parece refletir e brilhar em outros tantos lugares que não aqui. Aqui onde ascendi seu último cigarro - aquele que dá o mesmo prazer que todos os outros cigarros já tragados, mas tem o privilégio de ser o último. Aquele que só se fuma sozinho. Aqui onde deixei você me amar sem medo de não poder retribuir. Aqui onde me fiz seu e desfiz qualquer pretensão de não sê-lo mais. Aqui onde deus até tentou rezar um bocado pedindo à poesia que você permaneça intacta e confusa, como os versos de amor devem ser. Aqui onde aguardo a luz ou você, tanto faz. Aqui onde guardo você ou a luz, dá no mesmo. Tanto ela quanto você dependem de um amor qualquer para brilhar. Tanto você quanto ela precisam de um amor para sair da penumbra e encontrar o que, nem ela e nem você, conseguem encontrar aqui. A luz tem a vantagem de me entender. Você tem a capacidade de me confundir. E não adianta querer me explicar, nunca vou entender a sua ausência.

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Saturday, July 09, 2011

Amor e Dùvida

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Os sonhos, por mais distantes que possam parecer, sempre nos aproximaram de alguma forma. A noite que acabou de amanhecer é testemunha. Te toquei sem te tocar. Te beijei sem te beijar. Ouvi a sua voz sem ouvi-la e até trocamos algumas palavras em silêncio. Mas você estava lá, eu juro. Do mesmo jeito, com a mesma voz, com os mesmos braços, traços, maços... Exatamente igual de quando nos vimos pela primeira e última vez. Ali, naquela noite, te toquei como quem toca o desconhecido, mas conhece as consequências. Eu me arrisquei. Você dormia em meu sonho. Não quero te despertar, mas a realidade é que você desperta em mim as coisas mais improváveis e sinceras: o amor e a dúvida.

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Monday, July 04, 2011

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Escrevo porque preciso dividir com alguém tudo o que explode em mim: amor, saudade, vontade, necessidade e você. Preciso da companhia dos teus olhos para ler a solidão dos meus poemas. Preciso da maestria da tua sensibilidade para interpretar a insegurança dos meus desejos. Preciso da sabedoria da tua fala para entender o trauma por trás do meu silêncio...Enfim, preciso de você. E é por isso que eu escrevo.

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