Wednesday, March 28, 2007
Busque sempre se buscar
Thursday, March 15, 2007
O pequeno megalomaníaco
Eu faço perguntas pequenas querendo respostas maiores
Não sou a pessoa mais certa, mas quero aprender a negar
As suas mentiras sinceras que saem da boca mais bela
E entram em feia disputa com suas outras mentiras
Costumo brincar de ser sério, mas logo percebo o meu erro
Nem sempre se pode querer ser sempre o ser mais querido
Queria não ter o seu rosto guardado nas minhas lembranças
Pra não me perder em mim mesmo pensando em outra pessoa
Desfaço poemas já feitos e apago as velas acesas
Ascendo um cigarro, não fumo e fico criando novelas
O amor é um velho produto jogado em novas vitrines
Que chama demais atenção, mas não é levado nas compras
O amor é um novo produto exposto em novas vitrines
Com preços e taxas e juros e impostos impostos à tudo
O amor é o nosso produto vendido em nossas vitrines
Comprado por outros malucos que sonham com as nossas loucuras.
Saturday, March 10, 2007
Banana com areia, cimento com aveia
O concreto, concretamente, é uma mistura de quatro componentes básicos: cimento, pedra, areia e água. Existem três tipos de concreto : o simples, o armado e o magro. É um material muito utilizado em construção. Fundamental até, eu diria.
A banana, em si, é o fruto da bananeira.Existem bananas de diversas cores, ainda que a variedade mais conhecida e comercializada seja a amarela. Caso interesse alguém, a banana é um fruto partenocárpico, ou seja, ela pode se formar sem fecundação prévia.É por isso que ela não possui sementes. Vale ressaltar que é uma fruta muito gostosa de se tomar com leite e aveia.
- Vocês conseguem assimilar algo entre a Banana e o Concreto ?
Pela definição, percebemos que a banana e o concreto são dois mundos obviamente diferentes. De certa forma, a banana é concreta, porém isso não nos ajuda a interligar esses dois universos, já que um é inflexível, duro, sólido; e o outro mole, comestível e saudável.Nesse caso, a tendência seria não conseguir ver nada em comum entre uma fruta amarelada de formato fálico e uma mistura cinzenta utilizada para erguer construções. Porém, se pararmos para pensar e continuarmos andando nesse pensamento, podemos perceber que existem, sim, alguns aspectos que nos levam a combinar o universo da Banana com o do Concreto.
Por exemplo, se entendermos esses dois universos como estruturas fundamentais para o crescimento ( tanto material quanto físico-humano ), veremos que eles podem perfeitamente ser interpretados em comum. O concreto é a solução que permite fazer crescer uma casa, um prédio, uma ponte, uma parede, enfim, que é capaz de erguer uma estrutura sólida.A banana é a vitamina que fortalece o Homem, que faz com que ele cresça de forma saudável, firme e forte. É só imaginar o corpo humano como se fosse um prédio ou um prédio como se fosse um corpo humano, tanto faz. O concreto seria a banana do prédio e a banana o concreto do homem Em outras palavras, cada passo, cada etapa da evolução tem que ser precisamente construída para evitar futuras seqüelas.Do primeiro piso ao último passo, tudo precisa estar devidamente alimentado para que os erros sejam reduzidos na construção do ser.
A lógica seria achar que isso tudo é um absurdo. Eu já acho que um absurdo seria não achar uma lógica nisso tudo. Pois a Banana e o Concreto são dois universos absurdamente separados pela lógica e logicamente unidos pelo absurdo.
Saturday, March 03, 2007
Últimas palavras para o meu primeiro amor
Encontrei, desiludido, a minha ilusão
E a minha atitude foi ser imparcial
Não posso enfrentar o que desconheço
Indo ao encontro do meu primeiro amor
Deixei de encontrar a minha direção
E fui me aventurar em outras invenções
O vento me deixou perdido outra vez
Friday, March 02, 2007
A medida do meu imensurável grande amor
Meu grande amor é quase humano, é quase um mantra, é quase manso; foi quase feito para sentir, mas quase sinto se diluir numa imensa solidão provocada tão em vão. Meu grão de amor é tão pequeno mal cabe ele no sentimento, mal sabe ele o bom momento para crescer e não sumir; só ele sabe o bem enorme que ele me faz enquanto dorme, enquanto eu, bem acordado, desenho sonhos premonitórios. Meu grande amor não tem medida e à medida que vai sumindo, vai se tornando sem sustento, vai se tornando o alimento; o alimento e o lamento de uma nova geração baseada nas velhas leis dos amores desleais.
Meu grande amor é quase tudo e ao mesmo tempo não é nada e não há nada de mais certo do que amar o indeciso. Meu grande amor é quase tudo e ao mesmo tempo não é nada e não há nada de mais certo do que amar o indeciso.
Meu grande amor é quase médio, é quase médium, é quase o meio, o intermediário entre o centro e o ventre do universo. É um verso semi-morto, um poema quase torto, uma fala sem contexto ou um texto sem palavra. Meu grande amor é um absurdo se faz de mudo, se faz de surdo, e além de tudo é quase cego e faz esforço pra não ver a força bruta que eu carrego que fortalece naturalmente o meu físico enfraquecido e os meus músculos indefinidos. Meu grande amor é imortal e ele vive a se esconder nas ruas mais escuras, nos becos e nas bocas, nos beiços e nos beijos das putas e das santas, das boas e das fúteis, das gordas e das finas; e em cada mil esquinas e a cada meio metro ele me deixa uma mensagem e depois cai no esquecimento.
Meu grande amor é quase tudo e ao mesmo tempo não é nada e não há nada de mais certo do que amar o indeciso. Meu grande amor é quase tudo e ao mesmo tempo não é nada e não há nada de mais certo do que amar o indeciso.
Thursday, March 01, 2007
Alcance zero
A boca não tem pernas e o pé não tem palavra
Quero te falar de nós e de tudo o que passou
Eu passei um pouco mal quando vi que não estava bem
Eu quero um filho seu e que seja meu também
E faça mil perguntas e não fique sem resposta
Quero te falar de amor e de tudo o que ficou
Preso na garganta e solto nas lembranças...