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Eu criei o espelho para que cada traço seu tivesse um destino. Evitei a borracha para que cada curva sua fosse imperfeita e se aproximasse ao máximo de um ser normal. Projetei a luz para facilitar o teu caminho e fiz do seu ponto de vista o meu ponto de partida. Tentei achar o ângulo perfeito para que seu olhar não fosse fixo, e sim uma pérola apreciada pelos seus inúmeros encantos. Escrevi uma presse em latim para que você durmisse sem pressa (e sem entender) com o tom ainda rouco da minha voz de sonâmbulo. Por fim, inventei a dor para não sentí-la no dia em que tua ida falará mais alto do que o nosso amor.
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5 comments:
[...] Usei os traços que me foram dados pelo criador, na minha ânsia de criatura normal para que, nas minhas imperfeições, meus olhos refletissem os dele, no espelho. Recusei a luz que me foi dada, esperando que ele desse a partida até chegar no meu caminho. Fechei meus olhos à espera tão somente de suas apreciações. Sua prece foi rezada à exaustão e, vencida pelo sono, só pude ouvir sua voz rouca em meus sonhos.
Por fim, inventei o dia em que o amor falaria mais alto do que a dor.
E não parti. [...]
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"A criatura". Que tal?:)
[Baixou uma inspiração por estes lados hoje, sabe?]
e ps: as gavetas foram abertas, Pedro...
5:45 AM
Gente! O que esta havendo com esse menino?
Que coisa tão especial e linda é essa, pedro? Que momento tão inspirado é esse, garoto?
Tá ficando difícil até comentar, sabia? tá valendo suspiros?
Fiquei até com soninho com essa tua voz rouca de sonâmbulo...
beijos, querido (continue almoçando com a vovó, que tá dando muito certo!)
Quanta sutileza, amigo!
Muito bonito isso aqui!
Abração!
Lindo, lindo, lindo!
Só tenho uma observação, para que possas corrigir: prece é com C, moço.
Beijo meu.
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