Friday, August 03, 2007

Hoje Bárbara

Hoje Bárbara foi dormir mais cedo, buscou na noite os velhos sonhos e um novo enredo. Sorriu para o nada, mas de nada serviu - hoje ela serve àqueles que sempre cuspiu. Deitou na cama como se ainda fosse uma pequena criança, cobriu seu corpo dos pés até onde alcança e se escondeu por debaixo dos sonhos como se o medo não soubesse alcançá-los.
Bárbara é um objeto de desejo.
Bárbara é um dejeto de saudade.
Bárbara é um deserto que não vejo.
Bárbara é um pouco estranha e muito bonita - não sabe se bebe, não sabe se dança, fuma bastante com bastante cautela e traz para perto tudo o que não é ela. Hoje Bárbara não quis falar com Deus. Hoje Bárbara não quis que Deus falasse com ela. Hoje Bárbara apenas quis se querer como há muito não podia poder.
Bárbara é um dejeto de desejo.
Bárbara é um objeto de saudade.
Bárbara é um caminho que não vejo por onde passam amores, bichos e máquinas; por onde passam odores, bichas e sábados que não param, que não param, que não param...
Bárbara concluiu que no fim é melhor estar só do que só estar fingindo e inventando formas de estar ao lado de amores que, no fim, também ficarão sós.

3 comments:

Raven said...

as bárbaras da vida... todas perdidas.

Evelyn Mendes. said...

barabridade Pedrinhoooo!!!
muito bom, muito boommmmmmmmmmmmmmmm!!!
ñ pára nunca de escrever aqui não! =)

Evelyn Mendes. said...

ops...
barbaridade*