Wednesday, December 15, 2010

Pálpebras (parte 1)

Seus olhos são a minha poesia, quando você acorda, ela desperta... E se vê sozinha diante da imensidão das coisas vãs que dominam nossos dias. Sabe, sempre tive medo de te perder. Não por você ser o motivo do meu despertar alegre. Não por você entender minhas lágrimas escritas como ninguém. Não por você saber exatamente o que dizer e não dizer quando tudo o que preciso ouvir é um eu te amo. Mas sim por conter tudo o que admiro e que nunca vou conseguir perder o fascínio. Seu amor é meu refúgio. É quase um Templo do qual contemplo noite e dia, dia e noite sem sentir passar o tempo. Mas não posso entrar. Sempre esqueço que amar é um obstáculo. Temos que superar o insuperável, imaginar o inimaginável, aceitar o inaceitável e nos contentar com a sensação tão desumana de abraçar a saudade com as mesmas mãos que afastam os nossos sonhos mais lindos. 

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